8ª Pesquisa de Hábitos do Produtor Rural da ABMRA traça perfil das lideranças agropecuárias

De acordo com o levantamento, nos últimos anos os jovens produtores vêm ganhando mais espaço nas decisões da propriedade rural.

Entre os meios de comunicação tradicionais, os produtores preferem a TV aberta, seguida por rádio, TV especializada, jornal e revista. 

Com o objetivo de mostrar os avanços e mudanças no perfil dos produtores rurais brasileiros quanto à adoção de novas tecnologia e à sua relação com as atuais formas de comunicação disponíveis, a Associação Brasileira de Marketing Rural realizou a 8ª edição da Pesquisa sobre Hábitos do Produtor Rural Brasileiro, que retrata a situação atual do agronegócio frente aos novos agentes influenciadores do mercado.

Produtores de pequeno, médio e grande porte foram entrevistados presencialmente entre outubro de 2020 e janeiro de 2021, entre homens e mulheres responsáveis pela decisão de compra e uso de insumos, maquinários e implementos diversos nas propriedades. Cada formulário continha 273 perguntas ao produtor. No total, foram 4.500 horas de questionamentos.

Ao todo, estão contabilizadas 2.310 entrevistas com agricultores – envolvendo plantio de cana, soja, milho e outros – de diversas regiões do país, em 16 Estados. Na agropecuária, foram 738 entrevistas (taxa de erro amostral de 3%, o que significa um nível de confiabilidade de 90%). Especificamente por animal, foram 366 entrevistas na pecuária de corte, 134 na pecuária de leite, 110 na avicultura e 128 na suinocultura. De mesmo modo, em diversas regiões do país, destacando os Estados da Região Sul, Minas Gerais, São Paulo e Goiás.

De acordo com o levantamento, nos últimos anos os jovens produtores vêm ganhando mais espaço nas decisões da propriedade rural. Para ter ideia, a média de idade dos produtores em 2013 era de 48 anos, passando a 46,5 em 2017 e chegando a 46,4 em 2021. Vale destacar ainda um – tímido – mas real aumento na faixa de 26 a 35 anos nos processos decisórios, saindo de 15 entrevistas nesse nicho para 18.

Na escolaridade, identificou-se 51% entre 1º grau incompleto/completo/2º grau incompleto, e 10% do total dos entrevistados com nível superior, majoritariamente agrônomos.

Entre as constatações, a pesquisa também revela o avanço das ferramentas de comunicação no campo: 94% dos produtores têm smartphone, contra 61% na pesquisa anterior, realizada em 2017, e nesse mesmo sentido, o crescimento de acesso à internet no meio rural, disponível para 91% dos produtores de animais – números da agropecuária superiores à agricultura, nesse caso. Além disso, 57% dos entrevistados usam a rede 15 ou mais vezes por dia. Parte interessante, também revelada pela pesquisa da ABMRA, se refere ao que buscam esses produtores na rede e informações do setor figuram entre os principais itens, assim como dados de previsão do tempo. 74% dos produtores usam a internet para se atualizar.

O levantamento comprova ainda relevância de novos canais de comunicação, como o WhatsApp. 76% dos produtores usam a plataforma para realizar negócios, cenário diferente do apresentado em última pesquisa. O Facebook continua sendo importante como rede social – porém, não para fazer negócios – e o YouTube quase triplicou de importância em relação à pesquisa de 2017, descreve o levantamento.

Entre os meios de comunicação tradicionais, os produtores preferem a TV aberta, seguida por rádio, TV especializada, jornal e revista. Um em cada quatro produtores participantes da pesquisa (26%) disse que “a revista é muito importante para me manter informado sobre o setor rural” e 30% destacaram que “jornais e revistas do agronegócio ajudam os profissionais do campo a inovar e aumentar os seus ganhos”, reforçando o conceito de convergência de mídias.

“A pesquisa mostra o que as empresas do Agro têm sentido em termos de comunicação: há espaço para todas as mídias, desde que produzam conteúdos relevantes e que contribuam de fato com as necessidades dos produtores, e aí também entra a Comunicação 360”, reforça a Gerente de Marketing da YesSinergy®, Carolina Tanese.

Fonte:

Coletiva de imprensa ABMRA 25/05.

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