Especialista falou sobre um dos principais gargalos do agronegócio: a logística


A Yes promoveu nesta quinta-feira (03) o evento “¡Adelante! – Reconociendo los mejores del año”. Neste encontro, foram reconhecidos os distribuidores da América Latina e Países Ibéricos que tiveram os melhores resultados comerciais de 2021.  Na abertura do encontro, com o objetivo compartilhar soluções para otimizar os custos dos seus clientes, a Yes inovou e trouxe para o debate um tema que normalmente é o grande ‘gargalo’ do agronegócio: a logística.

De acordo com o diretor comercial América Latina da YesSinergy Marcelo Fernandes Faria, o tema foi escolhido devido ao impacto do frete na lucratividade dos negócios dos parceiros e clientes. “Este é um dos grandes incrementos no custo final do produto para quem importa. O cenário global não está em sua melhor fase e nossa proposta foi trazer um agente de carga para que, com as informações disponibilizadas, possamos ajudar nossos distribuidores a tomarem a melhor decisão”, relata.

Para explicar sobre o assunto, a empresa convidou Pâmela Klein, especialista em logística da empresa alemã Schryver, com atuação mundial.  

Pâmela apresentou um cenário de desafios no qual as empresas estão inseridas atualmente, em um mundo que ainda não finalizou sua luta contra a pandemia de Covid-19, e já tem que enfrentar uma guerra na Europa, entre a Rússia e a Ucrânia. Estes foram alguns dos fatores citados por ela que tem dificultado enormemente o envio de produtos entre os países, seja de navio ou até mesmo por transporte aéreo.  “Estas são situações complicadas que impactam no preço final, cenário de vendas e já há consequências graves nos ganhos finais das empresas quando abordamos a importação e a exportação de produtos”, citou Pâmela Klein.

Segundo ela, existem consequências a nível macroeconômico e explicações porque o fluxo logístico é interrompido e existem altas taxas de frete marítimo. “Podemos citar as mudanças nos hábitos de consumo e compra desencadeadas pela pandemia, incluindo a ascensão do e-commerce, o aumento da demanda foi maior do que o esperado, que pegou transportadores, portos e a todos de surpresa, registrando até a falta de trabalhadores”, destacou. “Quando há pico de demanda, as transportadoras normalmente não estão preparadas”, disse.


Devido à falta de opção de envio marítimo, Pâmela Klein destacou ainda que algumas empresas começaram a enviar as cargas por transporte aéreo. “Mas o setor enfrentou também problemas por conta da pandemia, com fronteiras sendo fechadas, falta de trabalhadores, falta de aviões por conta de cancelamento de voos e a falta de cargas por ser um transporte mais rápido”, disse.

As soluções para melhorar este cenário, apontadas por Pâmela, foram a compra de novos contêineres, disponibilização de navios extras, a compra estimada de novos navios, vacinação avançada contra a Covid e a disponibilidade de trabalhadores e, consequentemente, sem navios parados devido à quarentena. “Tínhamos a estimativa de que até 2023 a crise logística global já teria sinais de melhora, mas estamos sempre sujeitos às ações de terceiros, como guerra, outras variantes da Covid, crises econômicas, entre outros fatores”, disse.

A especialista completou que, é extremamente necessário o planejamento. “Planejar com no mínimo três meses antes o embarque efetivo é fundamental, além de contratar todos os pontos para logística, como booking com a empresa de navegação, reserva com a transportadora, retirar os contêineres uma semana antes do prazo, acompanhar as notícias internacionais para planejar uma estratégia caso tenha algo fora do comum e contratar parceiros confiáveis ​​e dispostos a ajudar com eventuais problemas”, disse. 

Ainda de acordo com Pâmela, as situações podem ser agravadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia no futuro, em um ou dois meses.  “O governo ucraniano já fechou todos os portos e não permitirá o descarregamento e carregamento enquanto os conflitos não forem encerrados. Algumas empresas de logística relataram que, devido à segurança e pressão política, não atuarão pela Rússia ou pela Ucrânia, até que o conflito chegue ao final. Eles estão descarregando a carga em outros países e os importadores terão de trazê-la até o destino final”, disse. “Os problemas que já enfrentamos podem se agravar, visto que teremos contêineres e navios parados em mares de conflito e teremos outros maiores quebrados”, apontou.

No que diz respeito a terceiros, Pamela ressaltou que sempre há uma dependência.  “Algo arredor sempre nos afeta e, por isso, eu creio que não vamos voltar aos mesmos preços de frete de 2019. Mas se em cinco anos, se tudo se resolver, sem guerra nem pandemia, mesmo assim, a probabilidade é que continue em tendência de preços em alta”, disse. “Por isso, a palavra-chave é planejamento.  Na economia mundial, um país depende do outro e essa crise logística pode levar muito tempo para se normalizar”, encerrou.

Faria acredita que a proposta deste tipo de ação faz parte da iniciativa da empresa em apoiar seus parceiros e clientes. “Sabemos dos custos e dificuldades que o agronegócio enfrenta quando falamos de logística. Trazer luz a este assunto abre a possibilidade de encontramos outros caminhos para diminuir preços e prazos, refletindo em melhores resultados para nossa cadeia de negócios”, encerra.

Assista na integra a palestra de Pamela: https://www.youtube.com/watch?v=pERD4xZSdkQ

Sobre a Yes

A Yes, empresa de biotecnologia em nutrição animal, desenvolve e produz aditivos nutricionais como adsorventes de micotoxinas, prebióticos, minerais orgânicos, blends e derivados de leveduras com o objetivo de melhorar o desempenho e saúde dos animais. Todos os produtos estão de acordo com as mais rigorosas leis dos mercados mundiais, como Estados Unidos e Europa. Fundada em 2008, a Yes tem escritório-matriz em Campinas/SP, quatro plantas de produção, uma em Lucélia/SP, uma em Novo Horizonte/SP, uma em Borá/SP e uma em Narandiba/SP, um Centro de Logística e Distribuição em Lucélia/SP, outro em Cascavel/PR além da abertura, em 2020, de um novo CD localizado no México. Atua em todo o Brasil, além de exportar para mais de 42 países, estando presente nas Américas Europa, África, Oceania e Ásia. Desde 2016 a empresa faz parte do portfólio de investidas do fundo de investimentos Aqua Capital.

Mais informações: www.yessinergy.com.

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