Entre os mais conhecidos destacam-se os betaglucanos, que têm ação comprovada na melhora da saúde e reduzem o uso de medicamentos e antibióticos promotores de crescimento

Os imunomodulares e betaglucanos são um assunto muito importante para os diversos sistemas de produção avícola, principalmente por fortalecerem as respostas imunológicas das aves frente aos desafios bacterianos e virais. Tradicionalmente, na avicultura, os antibióticos vinham sendo utilizados para modular e manter a microbiota intestinal em equilíbrio, buscando ao máximo preservar tanto a saúde das aves, quanto proporcionar que elas expressem seu máximo potencial produtivo.

O médico-veterinário e gerente Nacional de Avicultura da Yes, Matheus Calvo de Paula, explica que a maioria dos aditivos melhoradores de desempenho utilizados na avicultura ainda são os antibióticos, mas, nos últimos anos, este cenário vem mudando. Isso porque as agroindústrias estão buscando alternativas para a substituição dos antibióticos por aditivos não medicamentosos.

Esse movimento está ocorrendo devido à alta pressão do mercado externo e dos consumidores finais, tendo como intuito evitar o aparecimento de resíduos de antibióticos nas carnes e ovos oriundos das práticas convencionais de criação e, também, o possível aumento da resistência aos antibióticos. Tudo isso sem perder o foco na manutenção da performance, mantendo os índices produtivos a níveis que tragam rentabilidade ao produtor.

A maioria dos aditivos alternativos aos antibióticos tem como objetivo atuar diretamente nas bactérias intestinais, por meio do controle do crescimento desequilibrado dessas bactérias no intestino. “Ou mesmo na virulência através do quórum sensing, que é um mecanismo de comunicação entre as bactérias que permite a coordenação do comportamento bacteriano em relação ao meio ambiente, regulando a expressão génica em resposta ao crescimento de sua população em nível de intestino, e também na indução de fatores de virulência dos patógenos”, complementa Paula.

Mas, segundo o especialista, nem todas essas tecnologias disponíveis são capazes de atuar contra os desafios virais. Por isso, a Yes, empresa que desenvolve soluções biotecnológicas para uma nutrição animal eficaz, segura e sustentável, trouxe para o mercado a tecnologia oriunda dos betaglucanos, o GlucanGold. Trata-se de um ingrediente natural, com 60% de betaglucanos, obtido através de um processo biotecnológico de purificação da parede celular de leveduras Saccharomyces cerevisiae.

Os betaglucanos não atuam diretamente nos agentes etiológico, viral ou bacteriano, mas, sim, imunoestimulando as aves a produzirem células de defesa, como, por exemplo, o recrutamento de macrófagos, células dendríticas, interleucinas e imunoglobulinas. Tudo isso em nível sistêmico e de mucosa intestinal.

“Dessa forma, é possível proporcionar aves mais imunocompetentes para conseguir romper os desafios impostos na produção de alta performance, além de obter o máximo do potencial produtivo das aves”, salienta o gerente.

Regiões onde os desafios virais e, principalmente, respiratórios são intensos, o uso dos betaglucanos garante aves mais imunocompetentes, sendo uma excelente ferramenta para minimizar as perdas produtivas.

Os efeitos da imunomodulação sistêmica e intestinal são amplos e vários testes nesse sentido já foram feitos. “O uso dos betaglucanos aumentou a proteção contra Salmonella, assim como a resposta dos pintainhos frente aos desafios de Escherichia coli. Nesses testes foram observados melhor peso corporal e conversão alimentar das aves, que consumiram betaglucanos por sete dias, comparado com o tratamento sem os betaglucanos”, detalhou o médico-veterinário.

A forma de utilização dos betaglucanos se faz pela ração, proporcionando o equilíbrio do sistema imunológico e contribuindo para uma proteção mais eficaz e duradoura dos desafios ambientais e sanitários. Esse fator impacta positivamente na eficiência produtiva e na rentabilidade da atividade.

Os benefícios da utilização dos betaglucanos purificados são vários, mas destacam-se o fortalecimento das defesas naturais, redução da mortalidade, resposta pós-vacinal superior e melhora do equilíbrio da microbiota intestinal, diminuindo a colonização de microrganismos patogênicos.

Em março desse ano, a Yes recebeu o certificado Feed & Food Safety que a valida como uma Empresa Certificada BPF, HACCP e Empresa Certificada Nível 3 do MAPA para a unidade de Lucélia (SP) no escopo de produção de aditivos e pré-misturas para alimentação animal. O certificado engloba todos os fundamentos em sistema de gestão da qualidade, boas práticas de fabricação e análise de perigos e pontos críticos de controle. “Estamos constantemente aprimorando o nosso sistema de qualidade e segurança de alimentos, e o certificado Feed & Food Safety confirma nosso sistema estruturado que atende às normas mais exigentes do mercado global”, explica o gerente de Qualidade da Yes, Alexandre Salomão.

“O uso dos betaglucanos na produção de aves melhora a saúde e reduz o uso de medicamentos e antibióticos promotores de crescimento, propiciando a produção de um alimento mais seguro e de melhor qualidade para o consumidor”, finaliza Matheus.


Sobre a Yes

A Yes, empresa de biotecnologia em nutrição animal, desenvolve e produz aditivos nutricionais como adsorventes de micotoxinas, prebióticos, minerais orgânicos, blends e derivados de leveduras com o objetivo de melhorar o desempenho e saúde dos animais. Todos os produtos estão de acordo com as mais rigorosas leis dos mercados mundiais, como Estados Unidos e Europa. Fundada em 2008, a Yes tem escritório-matriz em Campinas/SP, quatro plantas de produção, uma em Lucélia/SP, uma em Novo Horizonte/SP, uma em Borá/SP e uma em Conceição da Barra/ES, um Centro de Logística e Distribuição em Lucélia/SP e outro em Londrina/PR. Atua em todo o Brasil, além de exportar para mais de 35 países, estando presente na América Latina, Europa, África e Ásia. Desde 2016 a empresa faz parte do portfólio de investidas do fundo de investimentos Aqua Capital.

Mais informações: https://yessinergy.com

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